segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Terminou a temporada na Póvoa de Varzim


Foi com uma tarde de sol que a temporada de 2014 terminou na monumental praça de touros da Póvoa de Varzim, a catedral nortenha da tauromaquia, com a alternativa do cavaleiro nortenho José Carlos Portugal, concedida pelo maestro Joaquim Bastinhas, tendo como testemunhas Sónia Matias, Mateus Prieto, Filipe Ferreira e Soraia Costa, filha do cavaleiro nortenho. Pegaram os amadores de Alenquer em solitário.
José Carlos Portugal lidou o seu touro de alternativa com 410 quilos. Um touro cumpridor, na qual o cavaleiro deixou dois compridos de saída. Nos curtos andou regular e deixou bons ferros, exagerou na troca de montadas e prolongou em demasia a lide. Terminou comum violino seguido de palmo. Os amadores de Alenquer pegaram à primeira tentativa, com o touro a fugir ao grupo, mas o forcado a aguentar-se na cara do mesmo.
Joaquim Bastinhas continua a espalhar a sua irreverência e o seu bom toureio pelas praças. Frente a um touros de 430 quilos, com muita transmissão, Bastinhas deixou dois compridos para lhe provar a investida. Chegou rapidamente às bancadas e deixou grandes ferros curtos. No final o tradicional par em terrenos de dentro, grande lide de Bastinhas. A pega foi consumada à segunda tentativa.
O touro que calhou a Sónia Matias marcou 420 quilos na balança dos curros. Um touro complicado, distraído e que se adiantava ao cavalo, a cavaleira mostrou a sua garra característica e deu a volta à lide. Deixou bons ferros e terminou com um bom violino. Na pega os homens de ramagem de Alenquer executaram uma boa pega com o touro a arrancar pronto ao cite do forcado e este a resolver bem a papeleta.
A segunda parte trouxe um decréscimo de qualidade artística à excepção de Mateus Prieto.
O jovem apoderado por "Nené" teve um oponente com 435 quilos. Um touro reservado mas com muita emoção no rematar dos ferros. Numa lide de menos a mais Mateus deixou bons ferros e terminou a lide em grande com um violino seguido de palmo. A pega foi consumada à primeira de forma simples, quando ninguém complica, as coisas correm bem.
Filipe Ferreira debutou na Póvoa e não teve o oponente que desejava. O touro mais pesado da corrida com 460 quilos de pura mansidão. Na lide dos compridos, Filipe deixou três bons ferros mas depois é que veio o pior. O touro rachou a meio da lide e nunca mais saiu de tábuas, antes pelo contrário, tentou cerca de 7 vezes saltar a trincheira, um péssimo touro. Cravou um ferro com batida ao pitón contrário de depois teve de dar a lide por terminada. O touro trazia força para a pega e a mesma foi consumada ao segundo intento, numa pega rija.
A amadora Soraia Costa não teve com certeza a lide desejada. Com um novilho de 370 quilos, a amadora revelou muitas falhas principalmente no cravar (foram mais as tentativas do que as cravadas). Os bandarilheiros nunca abandonaram a arena e eram eles quem colocavam e "lidavam" o touro restando à cavaleira correr para o touro e cravar, ou antes, não cravar. E pior ainda foi o director de corrida que concedeu música a esta péssima lide, o regulamento é novo, mas os erros continuam a cometer-se.
Para finalizar a corrida os forcados de Alenquer pegaram à terceira tentativa.

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