terça-feira, 23 de dezembro de 2014

CM desmente notícia sobre Campo Pequeno

Por Hugo Real (CM)

 O Tribunal de 1ª Instância não vai permitir o regresso das famílias Borges e Goes Ferreira à gestão do Campo Pequeno. Tal como o CM ontem noticiou, o Tribunal da Relação de Lisboa anulou a decisão de insolvência da Sociedade Urbana de Reconstrução do Campo Pequeno (SRUCP), detida por estas famílias, e ordenou o regresso do processo à primeira instância. Após conhecer esta decisão, apurou o CM, a Opway, que avançou com a ação de insolvência inicial, solicitou com urgência a nomeação de um administrador judicial provisório. O juiz concordou e indicou Paula Resende, que desde fevereiro deste ano está à frente dos destinos do Campo Pequeno, para assumir essa função. A administradora, sabe o CM, fica com poderes exclusivos para administrar o património da devedora. Entre as dívidas, por exemplo, a Opway reclama cinco milhões de euros. Já o BCP terá créditos de aproximadamente 80 milhões. A fundamentação da decisão passa pelo receio da prática de atos de má gestão e o consequente agravamento da situação económica da sociedade. Segundo apurou o CM, a Opway acusa a SRUCP de ter elaborado contratos com o objetivo de dissipar o património da sociedade, através da Sociedade do Campo Pequeno. Isto quando ainda geria o espaço. Já após ter sido requerida a insolvência, em 2013, os créditos que a SRUCP tinha no BCP terão sofrido uma queda acentuada. Em contrapartida, houve um acréscimo na conta da Sociedade do Campo Pequeno. Em causa estarão ainda pagamentos superiores a 500 mil euros a uma empresa por assessoria já em 2013.


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