quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Ganaderos falam acerca do mano-a-mano do Campo Pequeno

As prestigiadas ganadarias Pinto Barreiros, Murteira Grave e António Charrua são as
que vão fornecer a "matéria-prima" para o sensacional mano-a-mano entre os cavaleiros
João Moura Jr. e João Ribeiro Telles Jr. que terá lugar no Campo Pequeno, a 3 de
Setembro, onde serão lidados dois toiros de cada uma.


Do ponto de vista histórico, qualquer delas tem na sua origem o encaste Parladé que,
desde os alvores do século XX tanto influenciou a evolução do toiro de lide em Espanha
e Portugal. No que vai da temporada de 2015, "Pinto Barreiros", "Grave" e "Charrua" registam já
assinaláveis triunfos, traduzidos não só em chamadas à arena dos respectivos
representantes, como no regresso ao campo de alguns dos exemplares lidados, que
aguardam a sua vez de padrear.


Joaquim Alves de Andrade, proprietário da ganadaria Pinto Barreiros, refere a qualidade
dos toiros enviados para o Cartaxo, em Junho, e para Idanha-a-Nova, a 31 de Julho
Transmitida pela RTP), salientando o facto de o toiro 341 lidado no Cartaxo, ter
regressado ao Campo.


Joaquim Grave (Murteira Grave) confessa a satisfação pelo comportamento da sua
ganadaria, nas corridas lidadas em Reguengos, Santarém e Campo Pequeno, sublinhado
contudo, como o maior triunfo, o obtido no dia 17 de Agosto e Coruche. "Até agora
aproveitei dois toiros para sementais, um de Reguengos e outro de Coruche e só não
aproveitei mais devido à extrema exigência de critérios com que faço a gestão da minha
ganadaria".


Gustavo Charrua (António Charrua) refere também o bom momento da sua ganadaria e
destaca o curro de toiros lidado em São Manços, no início da temporada, do qual
aproveitou também um toiro para semental.


Três ganadarias com características diferentes, apesar do tronco comum e três ganaderos
confiantes em que os toiros que vão mandar para o Campo Pequeno reúnem todas as
condições para proporcionarem um grande espectáculo de arte e emoção. "Desejo que
seja uma grande noite de toiros" diz Joaquim Alves de Andrade, enquanto Joaquim
Grave espera que "os toiros de 3 de Setembro venham na linha do que tem sido o
comportamento da ganadaria e proporcionem bons triunfos a cavaleiros e forcados, pois
o triunfo deles será também o meu" e, por seu turno, Gustavo Charrua vaticina haver
"matéria-prima para um grande êxito artístico".


Quanto aos grupos de forcados, os três ganaderos são unânimes em destacar a história
de ambos e o facto de várias gerações da mesma família de forcados terem passado
pelos dois grupos, considerado-os como "referências inquestionáveis na arte de pegar
toiros". Esperam também que essa rivalidade sã, mas aguerrida entre os dois grupos,
esteja mais uma vez patente na arena.


Quanto ao mano-a-mano entre João Moura Jr. e João Ribeiro Telles Jr., Joaquim Alves
de Andrade considera serem "os dois cavaleiros que, neste momento, mais interesse
despertam para o público e para o aficionado", acrescentando que este mano-a-mano
vem no momento exacto e no local certo: O Campo Pequeno". Por seu turno, Joaquim
Grave relembra que Joao Moura Jr. "vem 'arreando forte' como se diz na gíria, desde o
início da temporada, ao passo que João Ribeiro Telles Jr tem vindo a recuperar terreno,
pelo que este confronto artístico vem no melhor momento e, 'para a questão sair a
limpo' nada melhor que no cenário do Campo Pequeno". Por seu turno, Gustavo
Charrua confia na experiência dos dois cavaleiros para tirarem o melhor partido dos
respectivos lotes de toiros e salienta o "óptimo momento artístico de cada um deles, o
qual justifica inteiramente este mano-a-mano".



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