Olhar Taurino (OT) - Vindo de uma família toureira com
destaque para seu pai, esse foi o grande motivo para enveredar por uma carreira
de cavaleiro ou então houveram mais?
António Ribeiro Telles (ART) - Acho
que o meu pai foi o grande motivo para enveredar por esta carreira, vivi sempre
neste ambiente e desde cedo me apaixonei pelos cavalos e pelos toiros!
(OT) - Como é viver numa família tão numerosa
a tourear?
(ART) - Realmente somos muitos! É
sempre bom ter o apoio da família e sobretudo o do meu pai.
(OT) - Como um dos mestres da herdade da
Torrinha dá algumas dicas aos seus sobrinhos? Eles ouvem e aplicam-nas ou fazem
as coisas à maneira deles?
(ART) - Nós montamos todos na
Torrinha, trocamos conselhos e opiniões, mas cada um tem a sua personalidade e
portanto cada um pratica o toureio que mais sente e mais gosta.
(OT) - O António faz 30 anos de alternativa.
Desde já os mais sinceros parabéns da nossa parte. A sua paixão e ambição é a
mesma de há 30 anos atrás?
(ART) - Muito obrigado! A paixão e a
ambição são as mesmas de há trinta anos atrás, só com paixão e ambição se pode
andar neste mundo dos toiros.
(OT) - Nestes últimos 30 anos acha que a
festa mudou muito?
(ART) - A festa mudou
totalmente!!!!!!!!!!!! Cada vez mais existem jogos de
interesse em todos os sentidos!
(OT) - Qual o cavalo que mais o marcou na sua
carreira e que o ajudou a ser um dos melhores cavaleiros de sempre?
(ART) - Penso que o Gabarito foi o
melhor cavalo que tive na vida, no entanto houve outros cavalos importantes na
minha vida de toureiro e que me ajudaram; o Altivo; Elviti; Espadanal; Adorno;
estes cavalos foram do meu princípio e ajudaram-me muito!
(OT) - O seu pai teve alguns dos seus filhos
a tourear. É esse o desejo que tem para o seu filho ou deseja que ele siga
outros passos?
(ART) - O que eu mais quero é que o
meu filho seja boa pessoa e seja feliz, terá sempre a minha ajuda em qualquer
profissão que escolher.
(OT) - O António já toureou várias vezes no
Norte mais precisamente na Póvoa de Varzim. O que acha e como caracteriza a afición
nortenha?
(ART) - Sem dúvida nenhuma, a maneira
festiva como vão para a corrida. O público nortenho vai para se divertir e
acarinhar os toureiros.
(OT )- É de esperar alguma cerimónia ou algum tipo de evento
para celebrar os seus 30 anos de alternativa?
(ART) - Não! Festejei os meus 25 anos
de alternativa, se lá chegar festejo os 50!
(OT) - Como vê a festa brava nos dias de
hoje?
(ART) - A festa está a passar momentos
difíceis, muito por culpa da crise que se vive no mundo inteiro. Espero que os
aficionados não deixem de ir aos toiros e que lutem pela nossa tradição!
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